Resiliência no trabalho no campo da Psicologia: um estudo bibliométrico
Palabras clave:
Resilience at work, bibliometry, systematic review, psychologyResumen
Este artigo apresenta um estudo da produção científica nacional e internacional sobre o tema resiliência no trabalho no campo da Psicologia, no período de 2000 a 2015. Trata-se de um estudo teórico que, por meio da bibliometria, objetivou ampliar a compreensão acerca do constructo, com vistas a favorecer aproximações e releituras de pesquisadores e de outros profissionais interessados no tema. O método adotado seguiu a duas etapas principais, sendo a primeira a realização de busca sistemática de literatura no Portal de Periódicos CAPES, análise e seleção das publicações; e a segunda, o estudo bibliométrico das 25 publicações selecionadas na primeira etapa. Entre os resultados, evidenciou-se que 68% das publicações vincularam-se a área de Ciências Humanas, sendo 23% correspondentes ao campo da Psicologia Positiva. Houve a prevalência de estudos empíricos (72%), a maioria com foco na resiliência de trabalhadores da área da saúde e executivos. Apresentou-se, ainda, as definições constitutivas sobre resiliência no trabalho e as contribuições teórico-práticas dos estudos analisados. Por fim, acredita-se que o presente artigo caracteriza o estado da arte sobre o tema resiliência no trabalho, dado que poderá orientar a realização de estudos futuros.
Citas
Ablett, J. R., & Jones, R. S. P. (2007). Resilience and well-being in palliative care staff: a qualitative study of hospice nurses’ experiences of work. Psycho-Oncology. 16, 733-740, doi: 10.1002/pon.1130
Anthony, E. J. (1974). The syndrome of the psycho-logically invulnerable child. In E. J. Anthony & C. Koupernik (Eds.), The child in his family: Children at psychiatric risk (pp. 529–545). New York: Wiley.
Argyris, C. (1993). On Organizational Learning. Cam-bridge, MA: Blackwell.
Barlach, L., Limongi-França, A. C., & Malvezzi, S. (2008). O conceito de resiliência aplicado ao trabalho nas organizações. Interamerican Journal of Psychology, 42(1), 101-112, doi: 10.1590/S1413-73722011000400013.
Belancieri, M. F., Beluci, M. L., Silva, D. V. R. da, & Gasparelo, E. A. (2010). A resiliência em traba-lhadores da área da enfermagem. Estudos de Psi-cologia (Campinas), 27(2), 227-233, doi: 10.1590/S0103-166X2010000200010.
Bendassolli, P. F., Borges-Andrade, J. E., & Mal-vezzi, S. (2010). Paradigmas, eixos temáticos e tensões na PTO no Brasil. Estudos de Psicologia (Natal), 15(3), 281-289, doi: 10.1590/S1413--294X2010000300008.
Bonanno, G. A. (2004). Loss, trauma, and human resilience: Have we underestimated the human capacity to thrive after extremely aversive events? Am Psychol, 59(1):20-8, doi: 10.1037/0003-066X.59.1.20.
Bonanno, G. A. (2005). Resilience in the face of loss and potential trauma. Current Direction in Psycho-logical Science, 14(3), 135–138, doi: 10.1111/j.09637214.2005.00347.x.
Burnes, T. R., Long, S. L., & Schept, R. A. R. (2012). Resilience-Based Lens of Sex Work: Implica-tions for Professional Psychologists. Professional Psychology: Research and Practice, 43(2), 137-144, doi: 10.1037/a0026205.
Campos, M. (2003) Conceitos atuais em bibliome-tria. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 66, 18-22.
Carvalho, V. D, Teodoro, M. L. M., & Borges, L. O. (2014). Escala de Resiliência para Adultos: aplicação entre servidores públicos. Avaliação Psicológica, 13(2), 287-295. Recuperado em 31 de dezembro de 2016, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677--04712014000200016&lng=pt&tlng=pt.
Carvalho, V. D. de, Borges, L. O., Vikan, A., & Hjemdal, O. (2011). Resiliência e socialização organizacional entre servidores públicos bra-sileiros e noruegueses. Revista de Administração Contemporânea, 15(5), 815-833, doi:10.1590/S1415-65552011000500003.
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes. (2016). Sistema de classificação da produção intelectual – Qualis. Recuperado em 20 nov. 2016: <http://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/classificacao-da-producao-intelectual>.
Deslandes, S. F., & Silva, A. A. M. da. (2013). Revi-são por pares: crise de demanda ou mudança de valores? Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 29(3):421-423.
Ensslin, L., Ensslin, S. R., & Pinto, H. M. (2013). Processo de investigação e análise bibliométri-ca: avaliação da qualidade dos serviços bancá-rios. Revista de Administração Contemporânea, 17(3), 325-349, doi: https://dx.doi.org/10.1590/S1415-65552013000300005
Fletcher, D., & Sarkar, M. (2012). A grounded theory of psychological resilience in Olympic cham-pions. Psychology Of Sport And Exercise, 13(5), 669-678, doi:10.1016/j.psychsport.2012.04.007.
Fletcher, D., & Sarkar, M. (2013). Psychological Resilience A Review and Critique of Definitions, Concepts, and Theory. European Psychologist, 18(1), 12–23, doi: 10.1027/9040/a000124.
García, G. M., & Calvo, J. C. A. (2012). Emotional exhaustion of nursing staff: influence of emotio-nal annoyance and resilience. International Nursing Review, 59(1), 101-107, doi: 10.1111/j.1466--7657.2011.00927.x.
Gaulejac, V. (2007). Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. São Paulo: Ideias e Letras.
Goldenberg, M. (2013). A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. 13. ed. Rio de Janeiro: Record, 107p.
Gomide Júnior, S., Silvestrin, L. H. B., & Oliveira, Á. F. (2015). Bem-estar no trabalho: o impacto das satisfações com os suportes organizacionais e o papel mediador da resiliência no trabalho. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 15(1), pp. 19-29, doi: 10.17652/rpot/2015.1.349.
Guedes, V. L. S., & Borschivier, S. (2005). Biblio-metria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica. In: VI Encontro Nacional de Ciência da Informação. Anais eletrônicos. Salvador. Recupe-rado em 14 nov. 2016: <http://www.cinform.ufba.br/vi_anais/docs/VaniaLSGuedes.pdf>.
Holling, C. S. (1996). Engineering resilience versus ecological resilience. In P. C. Schulze, editor. Engineering within ecological constraints. National Academy Press, Washington, D.C., USA.
Howard, F. (2008). Managing stress or enhancing wellbeing? Positive psychology’s contributions to clinical supervision. Australian Psychologist, 43, 105–113, doi: 10.1080/00050060801978647.
Libório, R. M. C., & Ungar, M. (2010). Children’s labour as a risky pathways to resilience: children’s growth in contexts of poor resources. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(2), 232-242, doi: 10.1590/S0102-79722010000200005
Luthans, F. (2002). The need for and meaning of positive organizational behavior. Journal of Or-ganizational Behavior, 23, 695–706, doi: 10.1002/job.165.
Luthans, F., Avolio, B. J., Avey, J., & Norman, S. (2007). Positive psychological capital: Measu-rement and relationship with performance and satisfaction. Journal of Personnel Psychology, 60, 541–572, doi: 10.1111/j.1744-6570.2007.00083.x
Luthans, F., Luthans, K., & Luthans, B. (2004). Posi-tive psychological capital: Going beyond human and social capital. Business Horizons, 47(1): 45-50, doi: 10.1016/j.bushor.2003.11.007.
Mallak, L. (1998). Measuring resilience in he-alth care provider organizations. Health Manpower Management, 24(1), 148–152, doi: 10.1108/09552069810215755.
Martins, M. C. F. (2015). Resiliência no trabalho. In: P. Bendassolli, & J. E. Borges-Andrade. (orgs). Dicionário de psicologia do trabalho e das organizações.São Paulo: Casa do Psicólogo, pp. 581-587.
McLarnon, M. J. W., & Rothstein, M. G. (2013). Development and initial validation of the Work-place Resilience Inventory. Journal of Personnel Psychology, 12, 63-73, doi: 10.1027/1866-5888/a000084.
Meek, K. R., McMinn, M. R., Brower, C. M., Bur-nett, T. D., McRay, B.W., Ramey, M. L., ... Villa, D. D. (2003). Maintaining personal resiliency: lessons learned from evangelical protestant clergy. Journal of Psychology and Theology, 31(4), 339-347, doi: 0091-6471/410-730
Meneghel, I., Salanova, M., & Martínez, I.M. (2013). El camino de la Resiliencia Organizacional: una revisión teórica. Aloma: revista de psicologia, cie?ncies de l’educacio? i de l’esport, 31(2), 13-24. Recuperado em 31 dezembro de 2016, de http://www.revistaaloma.net/index.php/aloma/article/view/197/130
Minello, I. F., & Scherer, I. B. (2014). Caracte-rísticas resilientes do empreendedor asso-ciadas ao insucesso empresarial. Revista de Ciências da Administração, 16(38), 228-245, doi: 10.5007/2175-8077.2014v16n38p228.
Oliveira, A. A. S., Lima, C. S. L., & Morais, K. K. C. (2016). Bibliometria e metassíntese de estudos sobre trabalho publicados na revista Psicologia & Sociedade. Psicologia & Sociedade, 28(3), 572-581, doi: 10.1590/1807-03102016v28n3p572.
Pereira, A. M. S. (2001). Resiliência, personalidade, stress e estratégias de coping. In: Tavares, J. (org.) Resiliência e educação. São Paulo: Cortez. pp. 77-94.
Rees, C. S., Breen, L. J., Cusack, L., & Hegneyand, D. (2015). Understanding individual resilience in the workplace: the international collaboration of workforce resilience model. Frontiers in Psychology, 6(73), doi: 10.3389/fpsyg.2015.00073.
Resende, M. C. de, Ferreira, A. A., Naves, G. G., Arantes, F. M. S., Roldão, D. F. M., Sousa, K. G., ... Abreu, S. A. M. (2010). Envelhecer atuando: bem-estar subjetivo, apoio social e resiliência em participantes de grupo de teatro. Fractal: Revista de Psicologia, 22(3), 591-608, doi: 10.1590/S1984-02922010000900010.
Ribeiro, A. C. A., Mattos, B. M. de, Antonelli, C. S., Canêo, L. C., & Goulart Júnior, E. (2011). Resiliência no trabalho contemporâneo: pro-moção e/ou desgaste da saúde mental. Psicologia em Estudo, 16(4), 623-633, doi: 10.1590/S1413-73722011000400013.
Robertson, I. T., Cooper, C. L., Sarkar, M., & Curran, T. (2015). Resilience training in the workplace from 2003 to 2014: A systematic review. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 88, 533–562, doi: 10.1111/joop.12120.
Rowe, D. E. O., Bastos, A. V. B., & Pinho, A. P. M. (2011). Comprometimento e entrincheiramento na carreira: um estudo de suas influências no es-forço instrucional do docente do ensino superior. Revista de Administração Contemporânea, 15(6), 973-992, doi: 10.1590/S1415-65552011000600002.
Santos, R. A. dos, & Moreira, M. C. N. (2014). Resilience and death: the nursing professio-nal in the care of children and adolescents with life-limiting illnesses. Ciência & Saúde Coletiva, 19(12), 4869-4878, doi: 10.1590/1413-812320141912.18862013.
Schein, E. (1993). On dialogue, culture and organi-sational learning. Organizational Dynamics, 22(2), 40-51, doi: 10.1016/0090-2616(93)90052-3.
Siu, O., Hui, C., Phillips, D., Lin, L, Wong, T., & Shi, K. (2009). A study of resiliency among Chine-se health care workers: Capacity to cope with workplace stress. Journal Of Research In Personality, 43(5), 770-776, doi: 10.1016/j.jrp.2009.06.008.
Snyder, C. R. & Lopez, S. J. (2009). Psicologia Positi-va: Uma abordagem científica e prática das qualidades humanas. Porto Alegre: Artmed.
Soanes, C., & Stevenson, A. (2006). Oxford dictionary of English (2nd Ed). Oxford, UK: Oxford Uni-versity Press.
Tavares, J. (2001). A resiliência na sociedade emer-gente. Em J. Tavares (Org.), Resiliência e educação(pp.43-76). São Paulo: Cortez.
Tonon, L., Camillis, P. K., Marques, J. R., & Grisci, C. L. I. (2013). Trabalho, arte e a vivência de dile-mas contemporâneos. Qualit@s Revista Eletrônica, 14(1), 1–19, doi: 10.18391/qualitas.v14i1.1664.
Wanberg, C. R., & Banas, J. T. (2000). Predictors and Outcomes of Openness to Changes in a Reorganizing Workplace. Journal Apllied of Psychology, 85(1), 132-142, doi: 10.I037//0021-9010.85.1.13 2.
Werner, E. E., & Smith, R.S. (1992). Overcoming the odds: High-risk children from birth to adulthood. Ithaca, NY: Cornell University Press.
Youssef, C. M, & Luthans, F. (2007). Positive Or-ganizational Behavior in the Workplace. The Impact of Hope, Optimism, and Resilience. Journal of Management, 33 (5), 774-800, doi: 10.1177/0149206307305562.
Yuen, W. W., Wong, W. C., Holroyd, E., & Tang, C. S. (2014). Resilience in Work-Related Stress Among Female Sex Workers in Hong Kong. Qualitative Health Research. 24(9), 1232-1241, doi: 10.1177/1049732314544968.
Yunes, M. A. M. & Szymanski, H. (2001). Resiliência: noção, conceitos afins e considerações críticas. Em J. Tavares (Org.), Resiliência e educação (pp. 13-42). São Paulo: Cortez.
Descargas
Publicado
Versiones
- 2023-05-01 (2)
- 2018-03-01 (1)
Número
Sección
Licencia
El usuario que realiza el envío del presente artículo certifica que todos los autores del artículo enviado participaron en la elaboración del mismo, igualmente conocen que han sido incluidos como autores del mismo, aprueban su aparición como autores del artículo y se acogen a todas las condiciones incluidas en esta cesión de derechos. El grupo de coautores del documento serán considerados CEDENTES en este documento. Los cedentes manifiestan que ceden a título gratuito la totalidad de los derechos patrimoniales de autor derivados de dicho artículo, a favor de la Revista Psicología desde el Caribe, del programa de Psicología de la Universidad del Norte, ISSN: 2011-7485.Igualmente, los cedentes declaran que el artículo es original, que es de su creación exclusiva y que no ha sido ni será presentado con anterioridad, posterioridad o simultáneamente a otra publicación distinta a Psicología desde el Caribe sin que medie respuesta previa y por escrito del Editor de Psicología desde el Caribe sobre la evaluación del artículo mencionado anteriormente, por lo que los cedentes declaran que no existe impedimento de ninguna naturaleza para la presente cesión de derechos. Los cedentes además se declaran como únicos responsables por cualquier acción de reivindicación, plagio u otra clase de reclamación que al respecto pudiera sobrevenir.
En virtud de la presente cesión, el CESIONARIO queda autorizado para copiar, reproducir, distribuir, publicar, comercializar el artículo objeto de la cesión, por cualquier medio digital, electrónico o reprográfico, conservando la obligación de respetar en todo caso los derechos morales del autor, contenidos en el artículo 30 de la Ley 23 de 1982.
Los artículos publicados en Psicología Desde el Caribe y todo su contenido se encuentran bajo licencia Creative Commons CC BY. Creative Commons Attribution 3.0