Resumo
No Brasil, desde 1937 o IPHAN é o órgão responsável, em instância federal, pela proteção e pela preservação do patrimônio arqueológico. Devido às suas primeiras escolhas e articulações interinstitucionais, pode seguir por uma trajetória onde as práticas e instrumentos de proteção não conseguiram de maneira eficiente a preservação daquela categoria de bem cultural. Neste artigo pretendemos apresentar um panorama sobre a atuação do IPHAN, com base na perspectiva do institucionalismo histórico, sublinhando os desafios e escolhas contemporâneas a partir de alguns exemplos, como a musealização da Casa da Princesa, em Pilar de Goiás. Nossa proposta é concentrar a análise em apenas uma dentre as representações patrimoniais que continuam ainda hoje sem claras políticas de preservação.
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